Arrebatador, fenomenal, estupendo. São três palavras positivas que tenho para descrever o que se segue. Desilusão, banalidade, mediocridade. São três palavras negativas para descrever um pouco do que se segue. Step Up 4 Revolution, o mais esperado por todos os fãs da saga Step Up. Um filme com estreia anunciada a 10 de Agosto de 2012, que tem muito que se diga.
Emily chega a Miami com aspirações de se tornar numa bailarina profissional e logo se apaixona por Sean, um jovem que lidera os "The Mob", um grupo de dança dedicado a flash mobs. Quando um poderoso homem de negócios ameaça urbanizar o bairro onde os “The Mob” se reúnem, desalojando com isso milhares de pessoas, Emily acaba por juntar-se a Sean e aos "The Mob" na luta contra este projeto, e mesmo arriscando a perder os seus sonhos para lutar por uma causa maior, juntos transformam a sua performance em arte de protesto.
Comecemos por falar do elenco, e com uma honestidade da minha parte. Os protagonistas de todos os Step Up’s, a meu ver, são sempre os que teem as representações mais fracas, as mais medíocres. Depois temos aqueles que são secundários quase principais, que conseguem ter uma representação bem melhor que a dos protagonistas. Comecemos com Sean (Ryan Guzman). Ele é giro, ele é sedutor, ele é sexy, ele dança. Mas ele representa mediocremente, ele dança mediocremente, e ele contracena mediocremente. A sua parceira, Emily (Kathryn McCormik), é gira, é sexy, é sedutora e dança. Mas mais uma vez, ela representa mediocremente, dança mediocremente, e contracena mediocremente. Porém, não foram maus… Foram medíocres, um pouco de sal, e um pouco de açúcar… E ficamos com um sabor agridoce. E foi esse sabor que me ficou na garganta com as representações deles. Porém, nem tudo é um mar de catos. Temos o exemplo de Eddy (Misha Gabriel Hamilton), melhor amigo de Sean, que tem um papel forte, e uma interpretação de igual modo potente. A forma de interação com o público, assim como o elenco leva-o a outro nível, assim como a sua dança é bastante boa. Tal como todos os restantes membros daquele grupo de dança, que embora pouco apareçam com falas, aparecem com danças com as quais fiquei maravilhada.
Passemos aos cenários. Oh doce e linda Miami, um dia, mas um dia, ter-me-ás como turista. Sim, todo este filme se passa em Miami, onde temos uma visão simplesmente fenomenal de Miami, em todo o filme, assim como vamos tendo uma imagem dos subúrbios de Miami, o que parecendo que não, ou se calhar é apenas para o filme ganhar mais classe, não deixam de ter algo de soberbo. Fiquei satisfeita com os cenários, e o mesmo posso dizer com a banda sonora, que se interliga bastante bem às relações das personagens, bem como o objectivo de cada “show” de dança.
Por último: argumento…. A história principal está simplesmente com uma ideia fantástica, muito boa de facto, temos boas falas, boas histórias pessoais, boas histórias como grupo de dança, é simplesmente ótimo. Já quanto à história romântica que existe em todos os filmes de Step Up, é simplesmente do mais banal que conheço… É uma desilusão tendo em conta as expectativas que criamos do filme…
Resumindo e concluindo, não fiquei com a pança cheia depois de ver este filme… Sou uma fã desta saga, amei o primeiro, apenas gostei do segundo, delirei por completo no terceiro, e este voltei à etapa do amei, mas desta vez não em tudo… Não gostei da história de amor porque se tornou repetitiva, o que me fez pensar que foi um medo de arriscar por parte do realizador, não gostei das interpretações principais porque foram fracas, apenas delirei com a dança e com a evolução da mesma ao longo de todos os filmes. Step Up Revolution, as minhas mais sinceras desculpas, mas não chegaste aos calcanhares do Step Up 3D…
Contudo, recomendo a visualização deste filme, pois é entretenimento garantido. Para os amantes da dança, é imperdível. Para os amantes do Step Up, acreditem que vão gostar, especialmente pela surpresa que vos espera no capítulo final…
3 estrelas em 5
Realizador: Scott Speer
Argumento: Duane Adler e Amanda Brody
Elenco: Kathryn McCormick, Ryan Guzman, Cleopatra Coleman, entre outros.