quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Crítica: "The Perks of Being a Wallflower"

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 As vantagens de ser invisível costumam ser de zero em nenhuma. Não temos amigos, estamos sempre sozinhos, ninguém sente a nossa falta, ninguém quer ser visto connosco, então é como se não nos vissem. Mas com uma realização Stephen Chbosky, ser-se invisível é afinal uma coisa… Bastante positiva.



 Charlie é um rapaz solitário e com pouca atenção. Não tem amigos e o facto de ser caloiro no secundário não lhe vai tornar a vida fácil. Não fala com ninguém, está sempre sozinho, não intervém nas aulas e não participa em nada. Até conhecer Patrick e a sua meia-irmã Sam, ambos finalistas, que o vão mostrar os verdadeiros pequenos prazeres da vida.


 Charlie é interpretado por Logan Lerman, e que belíssima interpretação esta! É tão envolvente… Ele envolve-se de tal forma com este papel que a minha reacção é que ele na vida real também é assim, e tudo o que quero é tornar-me amiga dele! E nada melhor do que estar tão bem acompanhado com Emma Watson no papel de Sam, e de Ezra Miller, no papel de Patrick. Estes meios-irmãos são fenomenais e contracenam perfeitamente. Tem uma relação muito boa, e são ambos uma boa influência que vão mostrar a Charlie que as vantagens de se ser invisível são… Ah ah! Não vos vou dizer, têm que descobrir por vocês! Pois é, fora de brincadeiras eu tenho que vos admitir que a ex-aluna de Hogwarts me surpreendeu positivamente neste filme. Sou uma admiradora da saga Harry Potter, e nunca pensei que os atores conseguissem ir mais além do que isso, sem deixarem de ter a reputação de “feiticeiros a brincar”. Mas a verdade é que Emma mostra que consegue fazer muito mais do que agitar uma varinha e dizer palavras mágicas. É uma actriz com um forte potencial e que foi muito bem demonstrado neste filme.



A solidão, o bullying, o suicídio na adolescência, a depressão… São temas bastante abordados na nossa sociedade, e este filme conseguiu captá-lo de uma forma não tão banal como estamos habituados, mas sim de uma forma lucrativa. Calma, não se precipitem. O que vos quero dizer é que este filme capta estes problemas obviamente de forma negativa, mas ensina-nos que mais vale só que mal acompanhado. Obviamente que quando abordo todo este diálogo pseudo filósofo quero-me referir ao bom do argumento e à boa da história em si. São ambos de um interesse excepcional e fantástico. Tem diálogos bastante flexíveis, embora a história se torne um pouco ou tanto confusa, especialmente para entendermos o título dado ao filme.


 Por falar em argumento e história, refiro igualmente a banda sonora que não é má de todo, mas também não é de todo fenomenal. Tem alguns pontos que elevam muito o enredo do filme, mas tem outros que se tornam facilmente despercebidos. Quero apenas referir mais uma pequena coisa que me deixo um tanto intrigada. Segundo as primeiras sinopses que vi do filme, este passa-se em 1991, e é com muita pena minha que digo que o filme parece ter mais de actual do que dessa época. Tem adaptações muito bem adequadas para a época, como é o exemplo do facto de ainda se ouvir música por cassetes ou discos vinil, mas tem outras que nem tanto. E neste “nem tanto” refiro-me um pouco ao ambiente e ao vestuário, especialmente. Até pode ser só confusão ou trama minha, mas a verdade é que acho que o filme falha um pouco aí.



 Este filme deixou-me pensativa. Deixou-me a pensar no meu futuro, na invisibilidade como um ser social, e no título do filme. Cheguei, entretanto, a conclusões fascinantes e que me deixaram certamente feliz. Estamos perante um drama, e este foi um dos muitos dramas que me fez chorar. O que significa que gostei bastante e é um filme de forte aconselhamento da minha parte.


 4 estrelas em 5


Realizador: Stephen Chbosky


Argumento: Stephen Chbosky


Elenco: Logan Lerman, Ezra Miller, Emma Watson, entre outros.






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