domingo, 14 de outubro de 2012

Crítica: The Inbetweeners US - 1x01 - First Day (MTV)

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 Ora bem, hoje apeteceu-me ver uma série que tivesse estreado recentemente. Por sorte (acho) encontrei a versão americana da série britânica The Inbetweeners. Tendo apenas conhecimento da existência deste primeiro episódio, arrisquei para ver, tendo em conta que acompanhei a série britânica. The Inbetweeners US teve estreia anunciada a 20 de Agosto do decorrente ano de 2012, e vejamos no que deu…



 Will Mackenzie é um estudante do secundário que acabou de se mudar para uma escola pública, por ser vítima de bullying na sua antiga escola. Os seus primeiros amigos são, tal como ele, uns falhados cujo objectivo é quando terminarem o liceu, já não serem virgens. Como tal, entram num mundo de loucura irracional, festas às quais são rejeitados e muitas histórias surreais e… Fantasiadas.


 Comecemos pelas personagens. E como não consegui resistir, fiz uma coisinha para vos ajudar a compreender:



Descubram as diferenças? Dificuldade: Mais que fácil. Mas não sejamos superficiais. Vou explicar-vos o porquê de realmente achar esta adaptação simplesmente manhosa. Comecemos pelo Will. Na versão britânica Will (Simon Bird) é um rapaz engraçado só pela sua postura, anda sempre de blazer e com a sua pasta de mão. É o típico cromo de óculos, de andar ridículo, e que cada vez que tenta meter conversa com raparigas acaba por sair ridicularizado. Ao início tem vergonha dos seus amigos, e lá se adaptará. O Will americano (Joey Pollari), não é muito diferente. Porém, é mais bonito, tem uma melhor postura, um andar não tão ridículo, uma pasta de mão que dá para colocar às costas, mas é aqui que falha: expressividade. Onde é que ela está? Realço que isto não se passa só com a personagem do Will na versão americana, mas em todas as outras. São todos inexpressivos, sérios, o que mostra que são mesmo interpretações, pois não há naturalidade… O melhor exemplo que vos consigo arranjar é a personagem do Jay. Na versão britânica, Jay (James Buckley), é um rapaz simplesmente retardado, totalmente tarado por gajas! Baba-se por qualquer uma, gaba-se de ser o único que já teve sexo umas quinhentas vezes com várias raparigas diferentes, e te ter tido diversas experiências sexuais. O Jay americano (Zack Pearlman) é igual. Mas, diferenças? Expressividade! Quem acompanhou a série britânica sabe que Jay está constantemente a rir-se, a fazer movimentos impróprios, a dizer porcaria da boca para fora sempre com uma expressão de gozo e de tarado e nunca está quieto. Mas o Jay US é… Cético. Não encontro melhor palavra. O que me deu a entender neste episódio é que a personagem mal se ri, está sempre quieto, e do pouco retardado que tem, não o mostra. Não me quero alargar mais, por isso digo que o mesmo se passa com Simon americano (Bubba Lewis): inexpressivo. A única personagem que me deu mais orgulho de ver foi a de Neil (versão inglesa- Blake Harrison, versão americana: Mark L. Young), que, embora fisicamente diferente, tem a mesma cara de parvo, acredita em todas as parvoíces de Jay, e é totalmente “inocente” na sua maneira de ser. Pelo menos algo que se mantém meramente igual.



 Há uma grande coisa que me revolta aqui! A sério! Não sei se é de estar habituada a ver séries britânicas, em especial esta, com tantos palavrões que não corrompidos por um “pi” irritante, ou se sou mal-educada. Se eu disser “bitch” (cabra) sou imediatamente interrompida por um “pi”, se disser “slut” (cabra) não sou interrompida. Desculpem-me a brutalidade, mas é frustrante ver as nossas séries preferidas a sofrer adaptações ridículas que lhes tiram a autenticidade toda, e não é mentira quando digo que os palavrões definem as séries britânicas juvenis, como é o exemplo de Skins, Misfits… As séries ficam mais naturais, as interpretações são mais realistas, tanto que nos esquecemos que é tudo fictício.


 Por fim dos fins, gostava de realçar um ponto positivo: a banda sonora. É uma banda sonora tipicamente americana, não há como enganar, mas no entanto não tira o espírito juvenil, nem tira o estilo de cromos que as personagens principais teem. No entanto, não dá mais brilho à série. Desculpem a sinceridade...



 Por enquanto não faço nenhuma análise geral do episódio, pois vou esperar para ver o próximo (realço que já estrearam 8 episódios). Vê-lo-ei para concluir se acompanho toda a temporada, ou não. As adaptações deste género de séries feitas pela MTV geralmente não correm lá muito bem… Contudo, consegui soltar algumas gargalhadas durante o episódio, o que não é mau de todo. Mas com alguma sorte The Inbetweeners US conclui a primeira temporada antes de ser cancelada.


Melhor: o facto de a série persistir com o mesmo desenvolvimento.


Pior: a má adaptação da série.


 3,5 estrelas em 10

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